sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O CULTO

Estive como deputado nas reuniões ordinária e extraordinária do supremo concilio da IPB, ocorridas esse ano em Curitiba e Aracruz. Foram discutidos e aprovados vários documentos, dentre os quais um sobre liturgia do culto cristão. Foi justamente sobre esse assunto onde tive a impressão que estamos totalmente perdidos como igreja, sobre o que é o culto cristão.
Argumentos que enfatizaram questões culturais,antropocenticas entre outras como base para que no culto (quando falo culto estou me referindo ao culto solene,do domingo a noite)fossem comemorados dias do calendário civil, e da nossa igreja, como: dia dos pais, das mães, das crianças, dai do diácono, do presbítero e dia do pastor. Ainda houve os que gostariam que nas cantatas pudessem ser apresentados coreografias e danças como parte do culto.Por que penso que estamos perdidos sobre esse tema? porque não estamos como igreja reformada pautando os nossos argumentos na palavra de Deus, que é nossa única regra de fé e prática. Deveríamos também como cristãos que somos, olhar para a história da igreja e observar os documentos que foram escritos sobre o culto na igreja pós-apostólica, como a didaquê e os escritos de Justino o mártir entre outros. Como herdeiros da reforma poderíamos examinar os escritos dos reformadores como Lutero, Calvino e Zuinglio, procurando saber qual a percepção que tinham sobre o culto. Finalisando como uma igreja confessional, analisarmos a nossa confissão e as confissões reformadas as quais expõe a doutrina bíblica para a igreja.
Diante disso entendo que se não tivermos tudo isso como paradigma, onde nos darão uma base para discutirmos sobre o tema do culto, iremos continuar decidindo e aprovando documentos tendo como critérios os nossos interesses pessoais e pragmáticos dentre outros motivos.
Creio que a nossa igreja é reformada e está sempre se reformando,não me intitulo nem como neo-puritano, nem tradicional, mas apenas um pastor que está procurando fazer uma leitura das praticas liturgicas da igreja contemporanea, buscando os princípios e elementos de culto para serem observados e usufruídos como meios de graça na igreja do senhor.

"Não a nós, não a nós, mas ao Senhor seja a Gloria".